“O destino das nações depende daquilo e de como as pessoas se alimentam” (Brillat-Savarin, 1825).

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Excesso de Ferro e What`n`Ask!


Neste post será abordado o feito do excesso de ferro no nosso metabolismo, além do feito do excesso dele e o que deve ser feito para evitar o aumento de sua concentração no sangue (respondendo a pergunta do what n ask!).

O Ferro é um micronutriente que tem uma grande capacidade de doar e receber elétrons. Essa sua capacidade é o que faz dele um componente essencial em diversas enzimas, citocromos e para o transporte de oxigênio. Porém, quando livre no nosso organismo, é esse seu poder de oxidar e reduzir que pode torná-lo tóxico. Isso se deve ao fato dele participar de reações de formação de radicais livres.
Ele é o principal catalisador da reação de Fenton, reação em que o Fe+2 reage com peróxido de hidrogênio, formando um radical livre muito potente, o radical hidroxil. Por causa disso, o nosso organismo mantêm a concentração de ferro livre baixa.
O nosso corpo normalmente consegue manter as concentrações de ferro baixas por dois principais motivos. O primeiro deles é porque o Fe+3 é insolúvel em água e o Fe+2 participa na formação de radicais livres. Então, para prevenir isso, o nosso organismo normalmente mantém sempre o ferro ligado a proteínas. Isso permite que o ferro não fique livre no corpo e seja capaz de produzir espécies reativas.
Existem dois tipos de excesso de ferro em nosso organismo, o que ocorre por questões de natureza genética e ou pela elevada ingestão desse micronutriente.
É possível perceber que uma pessoa possui uma taxa de ferro mais elevada por questões genética, quando o resultado de ferritina sérrica continua elevada mesmo depois de se reduzir a ingestão desse micronutriente. O problema desse tipo de excesso é que não existem medidas a serem tomadas para reduzir essas taxas.
O outro tipo de excesso de ferro já é causado pela grande quantidade de ferro ingerida. Diferentemente do outro tipo de excesso ferro, as taxa desse micronutriente podem ser diminuídas. Para isso é necessário a menor ingestão de ferro, além da diminuição do consumo de substancias que aumentam a absorção e o maior consumo de alimentos que irão diminuir a absorção dele.
Um bom exemplo de substância que deve ser evitada nesses casos é a vitamina C, pois, como explicado no outro post, essa vitamina tem a capacidade de aumentar a absorção do ferro inorgânico. Dessa forma, se a pessoa está com excesso de ferro em seu organismo, ele deve evitar ingerir alimentos que contenham ferro ao mesmo tempo da vitamina C.
Em contra partida, essas pessoas deverão ingerir alimentos que diminuem a absorção desse micronutriente, como as fibras e metais divalentes, como o cálcio, magnésio, entre outros.
O problema do excesso de ferro é que ele está relacionado a algumas condições clínicas: “neoplasias, cardiomiopatia, ateroesclerose, maior severidade de infartos, doenças hepáticas crônicas, diabets tipo 2, hipertensão, falência renal aguda, desenvolvimento de tireoidite subaguda e maior gravidade de infecções.” (Moreira, 2009)
Por estes motivos, é necessário tomar cuidado com a concentração de ferro no nosso organismo, pois tanto o excesso quanto o suas deficiência podem causar problemas no nosso metabolismo.


Bruna Mundim

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