DEFINIÇÃO:
Também chamada de enteropatia
glúten-sensível, é uma desordem auto-imune, sendo causado pela intolerância
permanente ao glúten, encontrado no trigo, malte, aveia, cevada e centeio.
Bem, para saber sobre a DC é
necessário que se conheça o seu causador, o glúten!
O glúten é uma substancia fibrosa, elástica, de cor âmbar, pegajosa, formado por proteínas quando a farinha de trigo, por exemplo, é misturada com água e submetida à força mecânica.
É o responsável pela retenção dos gases da fermentação, o que colabora no crescimento do pão. Também retém a umidade e do pão depois de assado, como também promove a elasticidade.
Encontrado na farinha, sendo que a de trigo é mais rica, o glúten é composto por 2 grupos de proteínas: gliadinas e as gluteninas. As primeiras são prolaminas responsáveis pela extensibilidade da massa. Já as gluteninas são responsáveis pela elasticidade da massa.
Quando a farinha é misturada com água, sob tal esforço mecanico, essas proteinas ficam hidratadas e formam um complexo protéico pela sua associação por pontes de hidrogênio, ligações de van der Waals e ligações dissulfito, esse complexo é o glúten.
As características desejadas para o glúten podem ser alteradas por vários fatores como se o teor da água não for suficiente, não haverá a formação do glúten. A propriedade de extensibilidade pode ser afetada pela falta de lipideos e pelo excesso de oxidação. Assim como a resistencia do glúten pode diminuir com o excesso mecânico ou com a presença de enzimas proteolíticas, que são capazes de destruir a cadeia peptídica.
COMO
OCORRE NO ORGANISMO?
O
organismo do celíaco é avesso às partes do glúten, causando lesões na mucosa do
intestino delgado, achatando suas vilosidades. Fato que prejudica a absorção de
nutrientes, trazendo como sintoma a desnutrição, e também permite a passagem de
substancias estranhas que podem ser danosas à saúde.
Veja
como é a parede intestinal:
Agora,
quando um celíaco ingere o glúten
TIPOS:
É comum que a doença celíaca
apareça na infância e, caso não seja controlada precocemente, pode gerar um
déficit de crescimento. Como é uma alteração genética, não existe cura para a
intolerância ao glúten e o distúrbio pode persistir ou reaparecer na
adolescência e idade adulta, principalmente antes da gestação e, alguns casos,
na terceira idade. O quadro clínico da doença se
manifesta com e sem sintomas. No primeiro caso, há duas formas:
A CLÁSSICA>
É freqüente na faixa pediátrica, surgindo entre o primeiro e terceiro ano de vida, ao introduzirmos alimentação à base de papinha de pão, sopinhas de macarrão e bolachas, entre outros industrializados com cereais proibidos. Caracteriza-se pela diarréia crônica, desnutrição com déficit do crescimento, anemia ferropriva não curável, emagrecimento e falta de apetite, distensão abdominal (barriga inchada), vômitos, dor abdominal, osteoporose, esterilidade, abortos de repetição, glúteos atrofiados, pernas e braços finos, apatia, desnutrição aguda que podem levar o paciente à morte na falta de diagnóstico e tratamento.
A CLÁSSICA>
É freqüente na faixa pediátrica, surgindo entre o primeiro e terceiro ano de vida, ao introduzirmos alimentação à base de papinha de pão, sopinhas de macarrão e bolachas, entre outros industrializados com cereais proibidos. Caracteriza-se pela diarréia crônica, desnutrição com déficit do crescimento, anemia ferropriva não curável, emagrecimento e falta de apetite, distensão abdominal (barriga inchada), vômitos, dor abdominal, osteoporose, esterilidade, abortos de repetição, glúteos atrofiados, pernas e braços finos, apatia, desnutrição aguda que podem levar o paciente à morte na falta de diagnóstico e tratamento.
NÃO CLÁSSICA
Apresenta manifestações monossintomáticas, e as alterações gastrintestinais não chamam tanto a atenção. Pode ser por exemplo, anemia resistente a ferroterapia, irritabilidade, fadiga, baixo ganho de peso e estatura, prisão de ventre, constipação intestinal crônica, manchas e alteração do esmalte dental, esterilidade e osteoporose antes da menopausa.
ASSINTOMATICA
E se não houver sintomas? Há ainda, a doença na forma assintomática. São realizados nestes casos, exames (marcadores sorológicos) em familiares de primeiro grau do celíaco, que têm mais chances de apresentar a doença (10%). Se não tratada a doença, podem surgir complicações como o câncer do intestino, anemia, osteoporose, abortos de repetição e esterilidade
Apresenta manifestações monossintomáticas, e as alterações gastrintestinais não chamam tanto a atenção. Pode ser por exemplo, anemia resistente a ferroterapia, irritabilidade, fadiga, baixo ganho de peso e estatura, prisão de ventre, constipação intestinal crônica, manchas e alteração do esmalte dental, esterilidade e osteoporose antes da menopausa.
ASSINTOMATICA
E se não houver sintomas? Há ainda, a doença na forma assintomática. São realizados nestes casos, exames (marcadores sorológicos) em familiares de primeiro grau do celíaco, que têm mais chances de apresentar a doença (10%). Se não tratada a doença, podem surgir complicações como o câncer do intestino, anemia, osteoporose, abortos de repetição e esterilidade
Como se faz o Diagnóstico da
DOENÇA CELÍACA ?
São realizados exames especializados
para avaliar a absorção da D.XILOSE e dosagem de gordura nas fezes, assim como
dosagem de anticorpos
antigliadina, antiendomíseo, e antitransglutaminase,
porém, É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA a realização
da Biopsia do Intestino Delgado (BID), para estabelecer o
diagnóstico da Doença Celíaca, a qual deve ser obtida, preferencialmente,
da junção duodeno-jejunal, já que, para a absoluta certeza do
diagnostico, esse exame se faz necessário. Não há motivos para suspender a
dieta com glúten sem realizar a biopsia.
As amostras podem ser obtidas
utilizando-se cápsula perioral, que é acoplada a uma sonda ou pinça durante o
processo de endoscopia digestiva alta.
Qual é o tratamento da
DOENÇA CELÍACA ?
Para a Doença Celíaca
existe um único tratamento: uma dieta rigorosa, onde devem ser retirados
todos os alimentos e preparações que contenham o glúten. Não se deve
comer " só um pouquinho " desses alimentos, pois
podem ocorrer consequências danosas para o paciente.
Deve-se substituir os
ingredientes que contenham glúten (como a farinha de trigo ), por
outras opções como o uso de farinha de arroz, amido de milho,
farinha de milho, fubá, farinha de mandioca, polvilho e fécula de batata.
A dieta deve ser seguida
por toda a vida?
Sim, pois a
quantidade de glúten suficiente para causar sintomas varia para cada individuo.
Se não aparecerem sintomas depois que o paciente ingerir glúten, isto não
significa que o alimento não lhe fará mal.
A vigilância da dieta
deve ser permanente, já que a ingestão de glúten pode acontecer até sem que a
gente perceba, como por exemplo:
-através de
óleo de fritura utilizado no preparo de alimentos com glúten e depois
para a fritura de alguma preparação sem glúten;
-utilização
da mesma faca para se passar margarina em pão com glúten e
depois passar em bolacha sem glúten;
-usar
tabuleiros ou formas polvilhadas com farinha de trigo e depois reutilizá-las
para os produtos sem glúten, sem que tenham sido bem lavadas.
Na falta de produtos
industrializados especiais sem glúten no mercado brasileiro, a maior parte das
preparações do cardápio do paciente celíaco deve ser caseira, demandando
tempo e dedicação para o preparo, então tem que ter criatividade na elaboração
das receitas.
Como seguir uma dieta
sadia sem o glúten ?
Neste caso o paciente
deve ter uma alimentação variada, composta por elementos ou nutrientes que o
ajudem a crescer, e a retirada do glúten
não atrapalha o processo de crescimento que se estende até a adolescência,
desde que se substitua por outros alimentos sem glúten.
De forma geral, os
alimentos podem ser divididos em ENERGÉTICOS, CONSTRUTORES e REGULADORES, sendo
que uma dieta equilibrada deve conter quantidades adequadas de todos eles,
sempre que for possível.
ENERGÉTICOS
Nesse grupo há os
Carboidratos (também conhecidos como hidratos de carbono ou
glícideos) e os Lipídeos (também conhecidos como gorduras).
Eles nos dão energia (combustível) para nossas atividades diárias e
são responsáveis por manter a temperatura do corpo constante.
Carbohidratos -
São também conhecidos como açucares e podem ser pequenos como a sacarose,
a lactose e a glicose ou maiores como a malto-dextrina e o amido. Encontramos
os carbohidratos em grandes quantidades no milho, arroz, aipim,
mandioca, tapioca, araruta, batatas, feijões, lentilha, ervilha,
grão de bico, açúcar, mel e outros.
Lipideos ou
gorduras - Além de serem boas fontes de energia, as gorduras
também são responsáveis por levar as vitaminas A, D, E, e K dos alimentos que
ingerimos, até o interior do nosso organismo.
As gorduras estão no
azeite de dendê, nos óleos vegetais ( óleo de soja, de milho, de algodão, de
canola, de girassol ) , nas margarinas, no creme vegetal, na banha de
porco, na manteiga, no creme de leite, na gema de ovo e "escondido"
nas carnes de boi, frango, peixe, coelho, no presunto e maionese.
CONSTRUTORES
Os elementos construtores
são as Proteínas.
Proteínas - Garantem
o perfeito funcionamento da pele, músculos, coração, visão, ossos e cérebro. As
proteínas podem estar em alimentos de origem:
Animal - são
aproveitadas de uma melhor forma pelo nosso corpo e por isto chamadas de alto
valor biológico. Encontradas na carne, no pescado, no fígado de boi e de
frango, na dobradinha (bucho), nos ovos, no leite e
seus derivados (coalhada, iogurte e queijos).
Vegetal - também
são importantes na nossa alimentação e estão presentes no feijão, na sopa,
ervilha, grão de bico, entre outros.
REGULADORES
No grupo dos alimentos
reguladores estão as Vitaminas, os Sais minerais, as Fibras e a Água.
Vitaminas - São em
grande número em nosso organismo. Não as produzimos e nenhum alimento possui
todas elas; por isto é que a nossa dieta deve conter os mais variados
alimentos, na medida do possível. Cada vitamina tem uma função certa, mas de um
modo geral, são importantes para manter nossa saúde em dia. Regulam nosso
sistema nervoso, melhorando nossa imunidade contra as infecções.
Vitamina:
|
Bom para:
|
É encontrada:
|
A
|
Bronzeamento da pele,
evita queda dos cabelos
|
Cenoura, vagem, alface,
abóbora, abacaxi, pêssego, leite, carnes de vaca e porco.
|
A, E
|
Pele e visão
|
|
C
|
Estrutura das veias e
gengivas. Evita o Escorbuto, doença que causa hemorragias internas e
externas e fraquezas ).Previne gripes, resfriados e fortalece o sistema
imunológico
|
Tomate, pimentão verde,
brócolis, repolho cru, laranja, limão, uva, acerola, caju, manga, kiwi,
goiaba
|
D
|
Calcificação dos ossos
e dentes. Absorver fósforo pelo organismo
|
Óleos de fígado de
peixes, fígado e gema de ovos.
Tomar sol também ajuda
a absorve-la.
|
B1, B2, B6 e B12
|
Funções das células. Evita
anemias, previne fadiga e esterilidade masculina
|
Fígado de boi ou
frango, ovos, carnes vermelhas, castanhas, nozes, cenoura, ervilha,
beterraba, leite e queijo prato.
|
K
|
Coagulação do sangue
|
|
Sais Minerais -
Dentre os componentes mais importantes de seu grupo, destacam-se o Cálcio,
Ferro, Sódio, Potássio, Zinco, Iodo, Manganês e Cobre. Atuam na construção dos
tecidos, na formação de ossos e dentes, nos nervos, coração, crescimento, etc.
Os alimentos que tem
Cálcio são o leite e derivados ( coalhada , queijos e iogurtes ), o brócolis,
espinafre, acelga, agrião, couve, chicória e mostarda. Sua ausência em nosso
organismo provoca má calcificação dos dentes e dos ossos, assim a criança
cresce lentamente ou até mesmo para de crescer.
Se nos faltar o
Ferro, teremos anemia, ficando cansados, desatentos, com sono e fracos. O Ferro
é responsável em levar oxigênio através dos pulmões e do sangue, e os
tecidos precisam dele para crescer e sobreviver. Encontramos o Ferro nas
carnes, feijão, espinafre, acelga, broto de abóbora, couve e folha de batata
doce.. Para que sejam melhor aproveitados pelo nosso organismo, devemos
consumi-los com alimentos com alimentos que contenham vitamina C, como limão (
limonada ), goiaba, acerola, laranja, mamão e banana.
Fibras - São
componentes dos alimentos que o nosso organismo precisa para regular a função
intestinal. Alguns alimentos sem glúten e ricos em fibras são as frutas ( com
casca ), vegetais, feijões, lentilha, milho ( verde, canjica ou pipoca ), o
mamão, uva-passa seca e ameixa preta.
Água - Necessária
para diversas funções de nosso organismo, como lubrificação de articulações,
das córneas, ajuda nas funções do intestino, faz parte da saliva, das lagrimas
e meio de transporte para os nutrientes através do sangue e fora
dele.
Alguns pacientes
transgridem a dieta ?
Infelizmente sim, pois
embora o único tratamento consiste na dieta isenta de glúten por toda a vida,
este tratamento parece simples, porém inúmeros problemas podem levar o
paciente a transgredi-la, como pôr exemplo:
* Falta e orientação dos
familiares sobre a doença e suas complicações;
* Descrença na quantidade
de cereais proibidos (qualquer quantidade é prejudicial e agressivo aos
celíacos);
* Dificuldades
financeiras, pois os alimentos permitidos são os de custo mais elevado;
* Hábito do uso da
farinha de trigo na alimentação (pão, macarrão, etc);
* Falta de habilidade
culinária das mães para preparar alimentos substitutivos;
* Forte pressão que
sofremos da propaganda dos industrializados, que nos leva a consumir
tais produtos e,
* Rótulos, embalagens ou
bulas que nem sempre contém a composição correta ou bem clara dos
ingredientes.
Enfim, a
doença celíaca vem despertando a curiosidade cientifica por causa de alguns
fatores, como:
- a incidência cada vez mais freqüente. Mais de 1 milhao de
brasileiros possuem e não sabem!
- o quadro clinico é variável, desviando a atenção dos médicos
para outras moléstias
- é comum a DC estar associada a outras enfermidades, como:
esquizofrenia, depressão,artrites, baixa estatura e dificuldade em ganhar peso
e, principalmente,a dermatite herpetiforme.
É isso, gente! Torça para que façamos uma boa apresentação e que possamos saber como transmitir para os outros aquilo que aprendemos!
Bibliografia:
Postado por:
Thaís Fernandes :)
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