“O destino das nações depende daquilo e de como as pessoas se alimentam” (Brillat-Savarin, 1825).

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Doença Celíaca

        A doença celíaca é um distúrbio auto-imune provocado pelo glúten (gliadina e glutenina), ou seja, uma intolerância à alimentos que contenham tal proteína, como aveia, trigo, cevada, centeio e outros que possuam tais cereais na sua composição.



         
         Não há um grupo especifico de pessoas que possuam tal condição, porém, há a predisposição genética como fator crucial também. Pode-se manifestar de forma muito evidente em crianças de até 3 anos, que é quando ocorre a introdução de glúten na dieta, mas, lembrando que não há idade para apresentar tal doença.
         Os sintomas apresentados são diarréia crônica, anorexia, vômito, náusea, flatulência, distensão abdominal, baixo ganho de peso e estatura, com o risco de grave desnutrição caso o diagnostico demore a ser feito. Entretanto, há sintomas que não estão relacionados ao trato intestinal como a dermatite, osteoporose e osteopenia, anemia ferropriva sem resposta ao uso oral de ferro e hepatite pelo aumento de enzimas hepáticas. O grau de intensidade desses sintomas depende da quantidade de glúten ingerida.
         Ao ingerir as proteínas gliadina ou prolamina (vindas do trigo) e outras semelhantes, esses conjuntos de aminoácidos modificam-se quando entram em contato com o organismo, provocando no sistema imunitário reações, que refletem em inflamações intestinais. A partir dessas inflamações, a parede do intestino delgado com vilosidades fica mais achatada, reduzindo a capacidade de absorção dos nutrientes essenciais para o corpo, causando agravamentos para a saúde.


               
               






           Muitas vezes a DC pode ser assintomática por muito tempo, já que a variação de sintomas é grande. Assim, é recomendado que um determinado grupo de pessoas que é mais vulnerável à obtenção de tal distúrbio se submeter à exames de triagem, pois pacientes celíacos que tardam a ser diagnosticados podem sofrer graves complicações como linfoma de intestino e osteoporose.
            O grupo de pacientes com maior vulnerabilidade é composto por:
- portadores de diabetes mellitus
-portadores de tiroidite autoimune
-portadores de síndrome de Down, Turner e de Williams
-parentes de 1º grau de celíacos
            Esses pacientes devem fazer os exames de triagem entre 3 e 4 anos de idade, sendo que tenham uma dieta com glúten há, no mínimo, 1 ano.
            Quem nunca ouviu falar de triagem antes? Então, esses exames são usados para identificar pessoas com uma doença que ainda é assintomática ou que estão inseridas num grupo de risco. Então, os testes utilizados são sorológicos e testes genéticos de triagem, juntamente com uma biopsia intestinal.
Os testes sorológicos procuram anticorpos comum a DC, como:
- anticorpos antiendomisio (EMA): menos sensível e mais demorado do que o tTg, porém mais específico para a doença celíaca. Entretanto, a partir da imunofluorescencia indireta o operador interpreta o resultado, tornando o teste extremamente subjetivo, diferente do teste ELISA de tTG.
- anticorpos anti-transglutaminase tecidual (tTG): feito pelo teste ELISA, tem sensibilidade maior do que 90% e grande especificidade, com porucos resultados positivo falsos.
- anticorpos antigliadina (AGA):  não é suficientemente sensível  ou especifico, porém é útil em crianças de até 18 meses, já que os testes de tTg e EMA podem produzir resultados falsos.
            A Associação Americana de Gastroenterologia recomenda começar a bateria de exames pelo teste de tTG e para resultados mais específicos, o paciente deve ter uma dieta contendo glúten.         
            A doença celíaca é permanente e não possui tratamento. Assim, o celíaco deve manter uma dieta sem glúten a fim de evitar transtornos intestinais, por exemplo. 




bibliografia: 



      Thaís Fernandes da Câmara

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