“O destino das nações depende daquilo e de como as pessoas se alimentam” (Brillat-Savarin, 1825).

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Carboidratos


         Os carboidratos são a nossa fonte primária de energia, por isso devem ser comidos em maior quantidade: cerca de 45% a 65% da energia, em uma dieta equilibrada, vêm desses açúcares. Suas maiores fontes pertencem ao reino vegetal, tanto na forma de carboidrato complexo, moléculas com menor velocidade de degradação como a celulose (fibra) e o amido, quanto na forma de carboidratos simples, que são mais rapidamente quebrados como a sacarose, a glicose e a frutose.

         Os polissacarídeos (carboidratos complexos) e os dissacarídeos (carboidratos simples) são formados pelas moléculas mais simples de carboidrato, os monossacarídeos. Essas moléculas são formadas por Carbono, Hidrogênio e Oxigênio (geralmente na proporção 1:2:1):
  • Glicose: é o monossacarídeo mais encontrado no organismo, e está presente em: frutas (banana, uva), no mel, na cana de açúcar, no sangue e em vários tecidos vegetais, já que é um dos produtos da fotossíntese.
  • Frutose:  pode ser encontrada em frutas, no mel e no xarope de milho. Uma vez no organismo, ela é geralmente metabolizada em glicose, mas pode também ser convertida em glicogênio (nosso polissacarídeo de reserva), em ácido lático ou em gordura
  • Galactose: geralmente, não pode ser encontrado na forma livre; é um dos componentes da lactose, presente no leite e seus derivados
             Esses monômeros são as peças que dispomos para montar qualquer dissacarídeo, oligossacarídeos ( como a rafinose e estaquiose) e polissacarídeos:·         Sacarose = glicose + frutose; presente na cana de açúcar, na beterraba, na rapadura. (Dissacarídeo)
  •     Lactose = glicose + galactose; presente no leite e seus derivados. (Dissacarídeo)
  •     Maltose = glicose + glicose; presente em cereais. (Dissacarídeo)
  •     Glicogênio: polissacarídeo de reserva em animais, inclusive nós humanos: é armazenado no fígado e é sintetizado a partir da glicose que ingerimos. Boas fontes desse carboidrato são, portanto, o fígado de boi e o fígado de galinha.
  •     Celulose: polissacarídeo de papel estrutural encontrado na parede celular das células vegetais, por isso é encontrado em frutas e hortaliças. O ser humano não consegue digeri-lo, por isso tem grande importância na formação do bolo fecal, sendo, portanto, uma fibra alimentar.
  •     Amido: polissacarídeo de reserva vegetal, por isso a batata, a mandioca e arroz são boas fontes. Estão em maior concentração na alimentação do brasileiro, uma vez que ingerimos grande quantidade de bolos, pães e arroz diariamente. O amido é formado por duas porções: a amilopectina e a amilose. Estudos afirmam que a amilose é melhor que a amilopectina para a manuntenção dos níveis normais de açúcar, uma vez que sua digestão e absorção ocorrem de maneira mais lenta e mais contínua.
    "Síndrome de Fobia ao Açúcar"
        É comum que a população, de maneira geral, evite o consumo de carboidratos a fim de diminuir a ingestão calórica e evitar também doenças do coração e diabetes , cujo principal responsável seria o açúcar. No entanto, é necessário que esclareçamos alguns fatos:
  •      Carboidratos X Lipídeos: na dieta americana, por exemplo, 20% da energia vêm de açúcar, a partir de tortas, bolos, sorvetes, etc. No entanto, esses alimentos possuem também um alto teor de gordura e, uma vez que lipídeos fornecem duas vezes mais calorias que carboidratos, o alto valor energético desses alimentos se deve a esse elevado teor de gordura.
  •      Diabetes Mellitus: o açúcar não é a causa da diabetes, ele é apenas uma das variantes. Uma alta ingestão calórica e o estresse também podem aumentar o nível de glicose sanguínea. Uma vez diagnosticada a diabetes, a dieta do indivíduo não fica completamente pobre em carboidratos, deve haver a manipulação da dieta com a utilização de alimentos com baixo índice glicêmico para a diminuição dos picos de insulina e, consequentemente, da resposta glicêmica.
  •      Hiperglicemia: quando ingere-se grande quantidade de açúcar, a glicemia aumenta, causando picos de insulina, o que causariam uma resposta glicêmica de hipoglicemia. Popularmente, recomenda-se a baixa ingestão de carboidratos e alta ingestão de proteínas para evitar esse efeito; no entanto, estudos comprovam que a restrição de carboidratos simples e a ingestão de carboidratos complexos e fibras é efetiva para o aumento adequado dos níveis de glicose até mesmo em diabéticos, uma vez que eles diminuem a digestibilidade e índice glicêmico dos carboidratos.

       Fonte: Ciências Nutricionais, J.E. Dutra de Oliveira e J. Sérgio Marchini.
       
       Marina Morais

terça-feira, 29 de maio de 2012

A importância das fibras



Você com certeza já ouviu falar sobre a importância das fibras na redução do colesterol e na prevenção de algumas doenças. É só pegar uma embalagem de aveia que lá vai estar de forma bem chamativa a informação: “Ajuda na redução do colesterol” ou ainda “Ajuda no bom funcionamento do seu intestino”, isso porque a aveia é uma boa fonte de FIBRAS. Os alimentos integrais, assim como os vegetais, são também fontes alimentares de fibras.

A Fibra alimentar é o componente estrutural da parede celular dos vegetais, definida como carboidrato composto por polissacarídeos, com exceção do amido, que não são digeridos ou absorvidos no intestino delgado humano.  Os principais polissacarídeos que contêm fibra alimentar são: celulose, B-glucanos, hemicelulose, pectinas e gomas. As enzimas dos mamíferos não são capazes de romper as ligações B-1-4 entre as unidades de glicose da celulose e dos B-glucanos e consequentemente esses polímeros não são digeridos nem absorvidos.

As fibras são classificadas em:
  • Fibras Solúveis: São aquelas que possuem a capacidade de retenção de água, formando uma espécie de gel. Abrangem a pectina (amplamente usada para fazer gelatina e geleias), gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses. As principais fontes dessas fibras são as frutas, legumes, aveia e centeio.

            Por formar géis, essas fibras fazem com que o bolo alimentar permaneça por mais tempo no trato gastrointestinal, retardando o esvaziamento gástrico e absorção de lipídeos e outros nutrientes, o que contribui principalmente para amenizar casos de diarreias.
  •             Fibras Insolúveis: Não possuem a capacidade de retenção de água e por isso não formam géis. Compreendem a celulose, hemiceluloses, ligninas e ceras. Essas fibras podem ser encontradas principalmente em vegetais folhosos, grãos integrais e derivados, no trigo e no milho.

Esse tipo de fibras é bastante indicado para casos de constipação, pois têm a propriedade de acelerar o trânsito intestinal e também retardam a absorção de glicose e lipídeos e aumentam o peso das fezes, uma vez que podem ser pouco fermentáveis no intestino contribuindo para o volume fecal e consequentemente contribuindo significativamente para o efeito laxativo.
Tendo em vista as propriedade e contribuições das fibras para o funcionamento do intestino, recomenda-se que na dieta haja um equilíbrio, ingerindo uma proporção de fibras solúveis e insolúveis de 3:1.

Fibra, Colesterol e Obesidade

Existe uma relação entre a fibra alimentar e a obesidade. Isso porque as fibras, principalmente as solúveis diminuem a fome. O aumento de saciedade ocorre devido ao retardo do esvaziamento gástrico, que por sua vez causa essa sensação de saciedade. Desse modo a ingestão de fibras está positivamente associada com a redução na incidência de obesidade. Além disso, acredita-se que elas diminuem a resposta glicêmica dos alimentos também pelo mesmo motivo, o que faz com que as unidades de glicose sejam liberadas mais lentamente, o que diminui a propensão à diabetes.
A fibra reduz os níveis de colesterol do plasma, devido a sua capacidade de se complexar aos sais biliares, diminuindo assim a absorção de lipídeos. Esse mecanismo contribui de forma positiva na incidência de casos de doenças cardíacas.

Apesar das propriedades importantes das fibras para o organismo na prevenção de doenças cardiovasculares, câncer de cólon, diabetes e distúrbios gastrintestinais, seu consumo exagerado traz algumas consequências, tais como desconforto gastrintestinal, quando elas são fermentadas no intestino grosso dando uma sensação de distensão abdominal. Além disso, possuem fitatos e taninos, que reduzem a absorção de alguns minerais como o cálcio, ferro e zinco. A recomendação de ingestão diária é de 20 a 30g de fibras.

Walkyria Paula

Fontes:

SHILS, Maurice E. (Coord.). Nutrição moderna: na saúde e na doença. 10. ed. Barueri: Manole, 2009.

TIRAPEGUI, Julio. Nutrição: fundamentos e aspectos atuais. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.





domingo, 20 de maio de 2012

Metabolismo de Proteinas


            As proteinas e os demais componentes do corpo estão em constante degradação e síntese. A manutenção da concentração de proteína é feita pela sua síntese na mesma proporção em que é degrada. Bem, diferentemente dos carboidratos e lipídios, os aminoácidos em excesso não podem ser armazenados no organismo, sendo oxidados e excretados (uréia). Vale ressaltar que, em um homem saudável, 400 gramas de proteínas são renovadas, sendo que 100 gramas foram “perdidos” pela excreção, podendo ser supridos através da alimentação.





            Assim, a degradação de proteínas da dieta e endogenas produz um conjunto de aminoácidos, que são precursores das proteínas endógenas e de compostos nitrogenados não-proteicos. Os aminoácidos em excesso são degradados, restando apenas suas cadeias carbônicas, que são convertidas em compostos comuns ao metabolismo de lipídeos e carboidratos, e remoção do grupo amino em forma de uréia.
                       

                    Transaminação
            O grupo amino é tirado pela sua transferência para o  alfa- cetoglutarato, formando glutamato e a cadeia carbônica é convertida à  alfa- cetoácido

            AMINOACIDO + 
alfa-CETOGLUTARATO ----> alfa-CETOÁCIDO + GLUTAMATO
            A enzima responsável é a aminotransferase ou transaminase e se encontra na mitocôndria e no citossol, sendo que nos tecidos tem como aceptor do grupo amino o  alfacetoglutarato, que forma o glutamato. Mas possui afinidade, também, com o oxaloacetato, que é formado através do ciclo de Krebs, e forma o aspartato. Essas enzimas aceitam como doadores do grupo amino vários aminoácidos. O nome da aminotransferade vem do aminoácido que com que tem maior afinidade e o melhor exemplo é o da alanina aminotransferase (TGP)

            ALANINA +  alfa-CETOGLUTARATO ----> PIRUVATO + GLUTAMATO
            Podemos concluir, então que o glutamato é um produto em comum às reações de transaminação, tendo um reservatório temporário de grupo amino, vindo de vários aminoácidos.
            Depois dessa 1ª etapa, o resíduo de nitrogênio será levado ao fígado para reutilização ou excreção, sendo que os grupos amino são usados de forma econômica nos sistema, pois só alguns microorganismos conseguem transformar N2 em formas úteis biologicamente. Com isso, pode haver liberação de amônia, que é extremamente tóxica para os tecidos .
Tem 2 formas para remover o grupo amino, sendo essas:
  • ·         DESAMINAÇÃO: só no fígado o grupo amino será convertido em amônia, restaurando o transportador. Ah, isso acontece na mitocôndria, pois lá não vai provocar grandes danos ao organismo. Daí, uma parte dessa amônia é reciclada e utilizada em vários processos, porem o fígado faz transformação para haver uma forma correta de excreção.
  • ·         TRANSAMINAÇÃO: acontece nos tecidos para doar os grupos amino dos aminoácidos para outros que funcionarão como carreadores. o aminoácido formado é o glutamato.


Porem, há 9 aminoácidos (asparagina, glutamina, glicina, lisina, histidina, metionina, prolina, serina e treonina) que não tem suas vias degradativas iniciadas pela transaminação com o alfa- cetoglutarato, tendo seu grupo amino removido por reações especificas. Mas possuem em comum a forma de remoção desse grupo que no decorrer das vias degradativas,  o grupo amino pode ser liberado como glutamato por transaminação de um intermediário com alfa-cetoglutarato ou como NH4+, através de reações por desaminação. Assim, na degradação dos aminoácidos, o grupo amino é transformado em aspartato e NH4+- precursores as uréia.
A uréia é o principal produto excretado do metebolismo de mamíferos da terra, sendo que um humano tem 30 gramas excretadas por dia. Mas a formação da uréia acontece a partir da amônia da desaminação, através da conversão de ornitina em arginina, que corresponde ao CICLO DA URÉIA.  







Esse ciclo começa dentro das mitocôndrias dos hepatócitos, sendo que três passos acontecem no citossol . Dois grupos amino são inseridos no ciclo, sendo  o primeiro proveniente da amônia que é empregada na síntese de carbamil fosfato e HCO3- da respiração da mitocôndria, e o segundoé proveniente do aspartato que veio da mitocôndria por transaminação e foi para o citossol. O grupo carbamil tem grande potencial de transferencia e é útil na transferência do g. amino pra onitina, dando inicio ao ciclo. O gasto final é alto, pois é preciso de 4 fosfatos com grande enegia e há produção de apenas 1 molécula de uréia.







               Thaís Fernandes

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Lípideos




Olá galera, o assunto de hoje é Lipideos, ou será Lipídios? Bem, ambas as formas estão corretas!! Então vamos lá!

       Necessidade diária de Lipídeos: 20 a 30% do Valor Calórico Total da dieta diária.

      Os lipídios são compostos caracterizados principalmente por serem insolúveis em água.  Essas substâncias possuem alta densidade energética (9 Kcal/g), o que contribui para que ele tenha vantagem sobre os carboidratos no que diz respeito a reserva energética.
   Possuem funções biológicas essenciais: energéticas, estruturais e hormonais. São representados principalmente por triglicerídeos, fosfolipídios e colesterol.  Assim, os triglicerídeos constituem a maneira mais eficiente de armazenar energia, os fosfolipídios representam o principal elemento estrutural das membranas celulares, enquanto o colesterol é precursor de hormônios.

Podem ser classificados em:

       Lipídios Simples – glicerol + ác.graxo – podem ser: mono, di ou triglicerídeos. São os principais lipídios da alimentação. Podem ser saturados ou insaturados.

       Compostos – grande número – fosfolipídio, glicolipídio, lipoproteínas... Possuem funções metabólicas;

       Lipídios derivados – Substâncias derivadas de lipídios simples e compostos: vitaminas lipossolúveis (K,A,D,E), colesterol, hormônios da tireoide, lipoproteínas.

Ácidos graxos



               São constituídos por uma cadeia carbonada com grupamento carboxílico (polar) em uma das extremidades e um grupamento metil na outra extremidade. Podem ser saturados ou insaturados. Essa característica é importante nas análises qualitativas dos lipídeos. Os ácidos graxos saturados geralmente são sólidos e predominam nas gorduras de origem animal, já os ácidos graxos insturados, que podem ser mono ou poliinsaturados geralmente estão na forma líquida (óleos) e são predominantes em lipídeos de origem vegetal, como os óleos de soja, milho, azeite. O óleo de peixe é uma exceção, pois possui ácidos graxos predominantemente poliinsaturados. Os ácidos graxos são o principal constituinte dos triglicerídeos e dos fosfolipídeos.


Reserva Energética: Os triglicerídeos.

São compostos por três moléculas de ácido graxo, unidas por ligação éster a uma molécula de glicerol. Os ácidos graxos possuem geralmente cadeia carbônica longa insaturada ou saturada, e o grupo carboxila constitui a região polar, enquanto a cadeia carbônica é apolar.

Os triglicerídeos (TGA) possuem grandes vantagens de armazenamento energético sobre os carboidratos devido ao seu caráter hidrofóbico, ocupando menor espaço de reserva, ou seja, sem moléculas de água adsorvidas o peso da reserva é menor. Além de ser altamente reduzido, assim sua oxidação libera muito mais energia (produz ATP) por grama do que o glicogênio ou proteínas. Os adipócitos são os locais de reserva do TGA, onde ele também atua como isolante térmico.


Margarinas: processo de hidrogenação

Os óleos vegetais, como o de milho e de oliva são composto principalmente por ácidos graxos insaturados. Eles podem ser convertidos na indústria por meio de hidrogenação catalítica. No processo de hidrogenação, como o próprio nome diz, é adicionado hidrogênio aos óleos vegetais e estes começam a solidificar, dando origem ao que chamamos margarina. Nesse processo ocorre uma alteração estrutural dos ácidos graxos que passam da forma cis para trans, além de converter parte das ligações em ligações simples, o que altera o ponto de fusão da margarina. O grau de saturação influencia na temperatura de fusão, pois em compostos totalmente saturados as moléculas justapõem-se de forma tão apertada, que é necessário maior quantidade de energia para desorganizar os arranjos formados.

Colesterol

É um tipo de lipídeo essencial ao organismo. Cerca de 70% é produzido pelo organismo, e os demais 30% é adquirido pela ingestão de alimentos de origem animal.
       Funções:
       Formação de membranas celulares
       Precursor da vitamina D
      Precursor de hormônios esteróides
       Constituinte da bile
O colesterol é formado por um núcleo esteroide em forma de anel com um radical hidroxila, comportando assim como um álcool. Seu sistema de anéis fusionados lhe fornece uma rigides maior do que outros lipídeos de membrana. Pode ser sintetizado pelo fígado, onde sua estrutura deriva do ácido acético, que é um produto final da degradação de ácidos graxos.
Estrutura do colesterol:


Lipoproteínas

É a unidade funcional de transporte de lipídeos no plasma, uma vez que estes são insolúveis em meio aquoso. As lipoproteínas são partículas esféricas e possuem um núcleo central de lipídios apolares circundados por uma camada de fosfolipídio ou colesterol, têm a função principal de suprir os tecidos com lipídios. Essas proteínas contribuem significativamente para a “solubilização” de lipídios no plasma. Essas lipoproteínas são classificadas quanto à sua densidade:

      LDL – baixa densidade: O famoso colesterol “mau” atua no transporte e suprimento de colesterol e TGA aos tecidos.
      VLDL – muito baixa densidade: possui origem hepática, e transportam TGA e colesterol para os tecidos.
      HDL – alta densidade: O famoso colesterol “bom” tem a função de remover o colesterol dos tecidos para o fígado. É assim conhecido por fazer uma “limpeza” retirando o excesso de colesterol das artérias, evitando possíveis problemas cardiovasculares.
–     QM -  quilomícron: são sintetizados no intestino a partir dos lipídios da dieta, que, deste modo são transportados aos tecidos.

Fonte:  http://biocolesterol.blogspot.com.br/2011/01/transporte-de-lipideos-por.html. Acesso em: 15/05/2012 . 
O quilomícron é extremamente rico em TAG, devido a quantidade ingerida na dieta: 95 % dos lipídios dietéticos são TAGs.

Absorção de lipídios

Os lipídios vindos da dieta irão percorrer um longo caminho até que sejam absorvidos para que possam seguir seu destino: produção de energia ou suprimento dos tecidos para síntese de hormônios, membranas, transporte de vitaminas lipossolúveis entre outros.
    A digestão de lipídios ocorre na presença de lipases lingual e gástricas e pancreáticas   Os lipídeos começam a ser degradados ainda na boca por meio da enzima lípase, e posteriormente no estômago por ação da lípase gástrica. No intestino ocorre a maior parte da degradação dos lipídeos, por ação dos sais biliares, que emulsificam as gorduras, formando miscelas. Essas miscelas são absorvidas pelo enterócito por difusão passiva.
  A molécula de triacilglicerol ou triglicerídeos não é absorvida intacta, por ser grande, assim ela é clivada no carbono 1 e no carbono 3. Os produtos de degradação dos triglicerídeos são 2 ácidos graxos e um monoacilglicerol. Esses produtos são absorvidos pelo enterócito, juntamente com o colesterol e fosfolipídios. Dentro do enterócito, o monoacilglicerol é associado às moléculas de ácidos graxos, formando novamente um triacilglicerol.
 No enterócito há um “empacotamento” dessas gorduras (TGAs, colesterol e fosfolipídios) que são transportadas do enterócito na forma de quilomícrons (QM).
 O QM sai do enterócito e segue para a corrente sanguínea, onde começa a sofrer degradação por meio de uma enzima presente na parede dos vasos sanguíneos: a lipase lipoproteica, ativada pela apoproteína C 2 presente no QM,  liberando assim ácidos graxos livres que vão se ligar à albumina que os transportam para os tecidos que estão demandando ácidos graxos para produção de energia ou síntese de hormônios e membranas.
 O QM remanescente, agora com menor quantidade de ácidos graxos, segue para o fígado, onde é captado, devido a sinalização da apoproteína – está ligada às lipoproteínas – que têm a função de fazer com que os tecidos reconheçam os QM e internalize-os.   
 No fígado, os lipídeos são novamente “empacotados” na forma dos transportadores endógenos: VLDL que posteriormente dá origem ao LDL, ambos são responsáveis por levar essas gorduras do fígado para os tecidos. O HDL faz o transporte reverso, recolhendo o colesterol em excesso dos tecidos e transportando de volta ao fígado.
 O excesso de lipídios do nosso organismo é armazenado nos adipócitos na forma de Triacilgliceróis, a maior reserva energética do nosso corpo.

       Deficiência de lipídeos pode provocar
      Dermatite
      Deficiência do desenvolvimento cerebral em bebês
      Deficiência de vitaminas lipossolúveis
      Emagrecimento

       Excesso: aterosclerose, dislipidemia, obesidade.



Walkyria Paula


Fontes:

      LEHNINGER, Albert L; NELSON, David L.; COX, Michael M. Lehninger princípios de bioquímica. 4. ed. São Paulo: Sarvier, 2006.


MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 


TIRAPEGUI, Julio. Nutrição: fundamentos e aspectos atuais. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.

            www.dbm.ufpb.br/DBM_bioquimica_monitoria.htm  Acesso em : 16/05/2012.




quarta-feira, 16 de maio de 2012

Micro, mas Essenciais (parte 2)


Como já foi dito na postagem anterior, os micronutrientes são necessários em pequenas quantidades no nosso organismo e a sua falta ou excesso são prejudiciais à saúde. No post anterior foram abordadas brevemente as vitaminas que o nosso corpo precisa, então neste post o tema será os minerais!

Os minerais também são chamados de nutrientes inorgânicos ou íons inorgânicos e assim como as vitaminas, tem uma importância muito grande no metabolismo. Eles participam de vários processos importantes, atuam como cofatores enzimáticos, além de proporcionar a dureza de certas estruturas.

Os íons inorgânicos exercem diversas funções, porém eles não podem ser sintetizados pelo organismo, por este motivo, eles têm que ser retirados de fontes exógenas.  A quantidade de cada um deles é específica e o excesso de um pode levar a redução dos níveis de outro ou pode se tornar um veneno quando em quantidades elevadas.

Esses compostos podem ser divididos em dois grupos baseado na quantidade diária necessária, os macrominerias e os microminerias.

Os Macrominerais são os que precisam ser ingeridos em uma quatidade de 100 mg ou mais por dia. Alguns deles são:
  • Calcio: Juntamente com o fósforo, é o mineral mais abundante no nosso corpo. É encontrado em duas formas, encontrado como criatais de fosfato de cálcio nos ossos e dentes ou na forma iônica não ligada (Ca2+) que é importante na contração muscular, transmissão do impulso nervoso, transporte iônico e transmissão de sinais pelas membranas. Outra importância grande do cálcio é na coagulação sanguínea. Ele é mais absorvido na parte superior do intestino.Fontes: Leite e derivados.
  • Fósforo: É um dos minerais mais abundantes no nosso organismo. É um importante para a estrutura dos ossos e dentes, além de ser constituinte de fosfolipídios.Fontes: Leite e derivados, ovo, carne, cereais e leguminosas.
  • Sódio: Importante na contração muscular, no equilíbrio eletrolítico e no equilíbrio ácido-básico e na pressão osmótica.Fontes: quase todos os alimentos, mas é mais encontrado em leite e derivados, pão, cenoura, espinafre.
  • Potássio: tem importância na contração do musculo liso e esquelético, pressão osmótica e no equilíbrio ácido-básico e eletrolítico.Fontes: Mais encontrado em leguminosas e vegetais verdes.

Os microminerias já são necessários em uma quantidade menor, algo que vai de alguns miligramas a microgramas por dia. Alguns deles são:
  • Ferro: É um mineral de extrema importância, pois ele participa da síntese de hemoglobina, que é responsável pelo transporte de oxigênio pelos tecidos e participa da formação da mioglobina, substancia presente nos músculos e que é portadora de oxigênio. A sua deficiência causa uma redução na síntese taxa de síntese de hemoglobina, podendo gerar uma anemia.  Já níveis altos de ferro estão relacionados com um risco aumentado de infarto do miocárdio.
    Fontes: Carne, ovo, cereais, leguminosas e vegetais verdes escuros.
  • Zinco: Este mineral participa da resposta imune, na cicatrização, é um antioxidante, um componente de varias metaloenzimas, participa na biossíntese de proteínas e ácidos nucléicos, importante na divisão celular e importante para a ação da insulina e de hormônios tireoidianos. A sua deficiência nas fases de crescimento, como na infância, puberdade pode gerar retardo no crescimento e de desenvolvimento sexual. Já durante a gravidez, a sua deficiência está associada a malformações congênitas e defeitos na formação do tubo neural.
    Fontes: Ovo, cereais integrais e germe de trigo.
  • Iodo: O iodo é importante no organismo, pois ele é um componente dos hormônios da tireóide, então a sua deficiência pode gerar o alargamento da tireoide até o cretinismo severo, com retardo mental. Em excesso esse íon pode causar bócio, hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

Esses são alguns dos minerais necessários para o nosso organismo. Alguns deles serão abordados em outros posts relacionando-os com as suas respectivas doenças.


Bruna Mundim

Referências:
PERSON, Osmar C; BOTTI, Anderson dos S.; FÉRES, Maria Cristina Lancia Cury. Disponível em <http://site.fmabc.br/admin/files/revistas/31amabc46.pdf> Acesso em: 15/5/2012
Minerias. In: TIRAPEGUI, Julio. Nutricao: Fundamentos e aspectos atuais. 2a Ed. – São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
Nutricao – os substratos para as vias metabólicas. In: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. 3a Ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Micro, mas Essenciais



Durante o dia a dia houvesse falar em vitaminas e minerais e suas propriedades e importância, mas nunca sabemos explicar e abordá-los corretamente. Por isso, na postagem de hoje será abordado sobre os micronutrientes, elementos que são ingeridos e necessários em pequena quantidade, de miligramas a microgramas, contudo em sua falta ou excesso podem trazer disfunções ou intoxicações e fazem uma grande e essencial diferença no organismo humano. Por isso eles devem se apresentar de forma equilibrada.

                                                                      Vitaminas


São compostos orgânicos responsáveis pelas reações metabólicas. Algumas podem funcionar como cofatores na ativação de reações enzimáticas, e outras como coenzimas sendo essenciais para o equilíbrio homeostático. Elas são divididas em dois grupos: hidrossolúveis ( quando solúveis em água) e lipossolúveis ( maior afinidade com óleos e gorduras) .





                                                             *Hidrossolúveis



              Normalmente não são acumuladas no organismo sendo eliminadas pela urina, por isso devem ser ingeridas diariamente através dos alimentos em quantidades ideais. São as mais comuns as do complexo B, biotina, vitamina C.

Vitamina B1 ou Tiamina:  Sua estrutura é complexa, presença de enxofre e grupo amino. Absorvida por transporte ativo no duodeno. Auxilia no metabolismo de lipídeos proteínas e carboidratos. Sua carência pode causar beribéri, anorexia, indigestão e seu excesso pode causar má absorção de outras vitaminas do complexo B.
Fontes: Leveduras, cereais, fígado, carne bovina e suína, alimento enriquecidos e fortificados, e entre outros.

Vitamina B2 ou Riboflavina Anel de flavina ligada-se a um álcool relacionado a ribose. Absorvida por difusão facilitada pelo intestino delgado. Auxilia na glicogênese, ativação da B6. Sua carência pode causar descamação da pele, queilose, visão turva e seu excesso pode interferir na absorção de outras vitaminas do complexo B.
Fontes: Leguminosas, leite, carne e entre outros e entre outros.

Vitamina B3 ou Niacina:  Ácido nicotínico ou nicotinamida, resistente ao calor, auxilia na síntese da microbiota intestinal. Absorvida por difusão no estomago e intestino; excretada pela urina. Componente do FAD e NADP. Sua carência pode trazer pelagra, fraqueza, confusão mental e o excesso pode causar alta concentração de lipídeo hepático, vasodilatação.
Fontes: carnes, cereais, vegetais folhosos, ovo.

Vitamina B5 ou Ácido Pantotênico: Obtém energia traves de lipídeos, proteínas e carboidratos. Absorvida em sua forma alcoólica o pantenol. Auxilia na degradação de proteína, carboidratos, lipídeos para a produção de outras componentes. Sua carência pode causar doenças neurológica, náuseas e se excesso pode causar depressão, insônia.
Fontes: Gérmen de trigo, fígado, leite, gema do ovo, amendoim, rim

Vitamina B6 ou Piridoxina: É formada por três compostos químicos: piridoxamina, piridoxal, piridoxol. Possue rápida absorção pelo intestino. Auxilia no transporte do plasma: albumina e hemoglobina. Sua carência pode causar dermatite , anemia, convulsões e seu excesso pode causar neuropatia sensorial.
Fontes: Gérmen de trigo, vegetais crucíferos, banana, batata e entre outros.

Vitamina Bc ou Folacina ou Acido Fólico:  Termolábil e Fotoinstável. Absorvido pelo intestino delgado no jejuno. Auxilia na formação de células sanguíneas. Sua carência pode causar anemia, falta de crescimento e seu excesso não possui causa determinada.
Fontes: Carnes, frutas cítrica, leguminosas.

Vitamina H ou Biotina:  Componente de coenzimas do metabolismo energético. Auxilia síntese de gorduras e para excreção dos resíduos de proteínas. Excretada pela urina e fezes. Sua carência pode causar alterações cutâneas e seu excesso não há causa conhecida.
Fontes: feijão, levedura, tomate, aveia e entra outros alimentos.

Vitamina B12 ou Cobalamina:  Altamente instável ao meio externo com o luz e temperatura. Essencial na síntese de bases nucléicas. Excretada pela urina. Sua carência pode causar distúrbios intestinais, anemia megaloblástica e seu excesso não existe relatos concretos.
Fontes: fígado, carne magra, leveduras, ovo, leite e entre outras fontes.

Vitamina C ou Ácido Ascórbico:  Facilmente oxidado. Absorvido pelo intestino delgado. Auxilia na oxidação da fenilalanina e tirosina e reciclagem da vitamina E. Excretada pela urina. Sua carência pode causar dificuldades de cicatrização, feridas, sangramento da gengiva e seu excesso pode causar cálculos renais.
Fontes: fígado, ervilha, cenoura, vegetais folhosos verdes e entre outros alimentos.



                                                             *Lipossolúveis



             São vitaminas solúveis em lipídeos e complexos oleaginoso e gorduras. Sua carência foi mais freqüente no período das grandes navegações, com grande transtorno. Suas doenças são bem especificas. São as vitaminas A, D, E, K.

Vitamina A:  Presente na atividade metabólica do retinol. O fígado é responsável por armazenar 90% em modo orgânico. Assoviada as gorduras na forma de beta-caroteno. É um antioxidante e auxilia no crescimento celular. Sua carência pode causar xeroftalmia, alterações cutâneas e seu excesso pode causar hipervitaminose.
Fontes: rim, fígado, nata do leite, manteiga, cenoura, abobrinha e entre outros.

Vitamina D:  É um pré-hormônio do tipo esterol possuindo com atividade antiraquítica. Alta eliminação pelas fezes mais que pela urina. Auxilia na manutenção do metabolismo mineral. Sua carência pode causar raquitismo, osteomalácia e sua carência pode causar anorexia, fraqueza, letargia.
Fontes: peixes, margarina enriquecida, levedo de cerveja, leite e derivados.

Vitamina E:  Contem o grupo hidroxila com anéis aromáticos, conhecida como tecoferol. Termoestável na ausência de oxigênio, antioxidante. Auxilia na proteção de membranas celulares. Excretada pela urina bile e fezes. Sua carência pode causar distúrbios neurológicos, anemia hemolítica e seu excesso não possui dterminação.
Fonte: bata doce, aveia, nozes, abacate, gérmen de trigo e entre outro alimentos.]

Vitamina K:  Resistente a cocção, filoquinona em vegetais. Auxilia na coagulação sanguínea, principalmente da protrombina. Sua carência pode causar tendências hemorrágicas e seu excesso pode causar dispnéia, hiperbilirrubinemia.
Fontes: fígado, vegetais verdes folhosos, feijão e entre outros alimentos.

Alguns conceito apresentados serão trabalhados mais afundo no decorres.

Claro que não esquecemos do minerais, fiquem atentos as próximas postagens.!!

Lewestter Melchior


Fontes:

http://www.brasilescola.com/biologia/vitaminas.htm

http://www.sonutricao.com.br/conteudo/micronutrientes/p2.php

http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/tabela_vitaminas.htm





sábado, 12 de maio de 2012

Macronutrientes

         É muito comum, quando se pensa em dieta, concentrarmo-nos mais no aspecto quantitativo dela: em calorias. Mas a chave para uma alimentação mais saudável está na composição dessas calorias e em como obtê-las. Essa tarefa, de fornecer energia, é atribuída aos macronutrientes; mas não é o bastante para que haja vida: precisa-se também dos micronutrientes, que permitem a ocorrência de vários processos metabólicos e, consequentemente, do funcionamento do organismo. Hoje, no entanto, falaremos somente dos macronutrientes.
Macronutrientes
         Os macronutrientes devem ser os de maior quantidade na dieta, já que são eles que fornecem energia para que o metabolismo funcione. São eles os carboidratos, os lipídeos e as proteínas.

Carboidratos:
         São a fonte primária de energia para o organismo, por isso devem ser comidos em maior quantidade: cerca de 45% a 65% da energia, em uma dieta equilibrada, vêm desses açúcares. Suas maiores fontes pertencem ao reino vegetal, tanto na forma de carboidrato complexo, moléculas com menor velocidade de degradação como a celulose (fibra) e o amido, quanto na forma de carboidratos simples, que são mais rapidamente quebrados como a sacarose, a glicose e a frutose.

         Os polissacarídeos (carboidratos complexos) e os dissacarídeos (carboidratos simples) são formados pelas moléculas mais simples de carboidrato, os monossacarídeos. Essas moléculas são formadas por Carbono, Hidrogênio e Oxigênio (geralmente na proporção 1:2:1):
  • Glicose: é o monossacarídeo mais encontrado no organismo, e está presente em: frutas (banana, uva), no mel, na cana de açúcar, no sangue e em vários tecidos vegetais, já que é um dos produtos da fotossíntese.
  • Frutose:  pode ser encontrada em frutas, no mel e no xarope de milho. Uma vez no organismo, ela é geralmente metabolizada em glicose, mas pode também ser convertida em glicogênio (nosso polissacarídeo de reserva), em ácido lático ou em gordura
  • Galactose: geralmente, não pode ser encontrado na forma livre; é um dos componentes da lactose, presente no leite e seus derivados
             Esses monômeros são as peças que dispomos para montar qualquer dissacarídeo, oligossacarídeos ( como a rafinose e estaquiose) e polissacarídeos:·         Sacarose = glicose + frutose; presente na cana de açúcar, na beterraba, na rapadura. (Dissacarídeo)
  •     Lactose = glicose + galactose; presente no leite e seus derivados. (Dissacarídeo)
  •     Maltose = glicose + glicose; presente em cereais. (Dissacarídeo)
  •     Amido: polissacarídeo de reserva vegetal, por isso a batata, a mandioca e arroz são boas fontes. Estão em maior concentração na alimentação do brasileiro, uma vez que ingerimos grande quantidade de bolos, pães e arroz diariamente.
  •     Glicogênio: polissacarídeo de reserva em animais, inclusive nós humanos: é armazenado no fígado e é sintetizado a partir da glicose que ingerimos. Boas fontes desse carboidrato são, portanto, o fígado de boi e o fígado de galinha.
  •     Celulose: polissacarídeo de papel estrutural encontrado na parede celular das células vegetais, por isso é encontrado em frutas e hortaliças. O ser humano não consegue digeri-lo, por isso tem grande importância na formação do bolo fecal, sendo, portanto, uma fibra alimentar.
     Lipídeos:
           São as as famosas gorduras e óleos, que exercem funções fundamentais como reserva energética, estruturação de membranas, regulação de atividades metabólicas, mensageiros químicos, etc.  
            Muitas vezes, os lipídeos são conseiderados os vilões da saúde, mas são componentes obrigatórios da nossa alimentação. Componentes esses que devem ser consumidos de maneira equilibrada, uma vez que estão relacionados com à obesidade e hipertensão arterial.
  •       Óleos e Gorduras: são insolúveis em água e podem ser formados por glicerol ácidos graxos.
  •       Fosfolipídeos: constituintes das membranas biológicas, também são formados por ácido graxo e glicerol.
  •       Prostaglandinas: mensageiros químicos dos tecidos humanos.
  •       Terpenos: lipídeos de cadeia longa, componentes de pigmentos como a clorofila e carotenoides, que é um precursor de vitamina A.
  •        Esteroides: alguns dele são hormônio (testosterona) e outros são vitaminas (vitamina D); e até mesmo o famoso colesterol pertence a essa classe.
    Proteínas:
           São os compostos orgânicos relacionados ao metabolismo de construção e podem exercem diversas funções como:
  •     Papel Estrutural: são componentes da membrana plasmática, das membranas de organelas celulares, do citoesqueleto, dos cromossomos, etc.
  •     Enzimas: os catalisadores das reações do nosso organismo, essenciais ao nosso organismo.
  •     Hormônios: são reguladores das atividades do nosso metabolismo.
  •      Papel Energético: em uma dieta balanceada, cerca de 10% a 35% da energia vêm das proteínas. 
         As proteínas, assim como os carboidratos, são constituídas por Carbono, Hidrogênio e Oxigênio, mas possuem também Nitrogênio, presente nos grupamentos amina do aminoácidos formadores dessas estruturas. Os aminoácidos são os monômeros (menores componentes formadores) que constituem a proteína e podem ser divididos em dois grupos:
  •       Aminoácidos Essenciais: são os 9 aminoácidos que não sintetizamos, e devem ser obtidos por meio da alimentação.
  •       Aminoácidos Não Essenciais: são 11 aminoácidos que podemos sintetizar, no fígado.
          As boas fontes de aminoácidos são as carnes (possuem de 10% a 35% de proteína), os queijos, as leguminosas (que possuem de 15% a 30% de proteína), os ovos e o leite (que possui cerca de 3% de proteína). 
          Por mais que o teor proteico das leguminosas seja mais elevado, a proteína de origem animal te maior digestibilidade e maior valor biológico, sendo portanto, mais biodisponíveis, melhores absorvidas.

           Os conceitos que apresentamos hoje serão trabalhamos com maior profundidade e aplicabilidade nos posts das próximas semanas: fique de olho!
Marina Morais



Fontes:
Ciências Nutricionais, J.E. Dutra de Oliveira e J. Sérgio Marchini.
Alquimia dos Alimentos, Wilma M. C. Araújo, Nancy de Pilla Montebello, Raquel B. A. Botelho, Luiz Antônio Borgo.
Biologia - Volume Único, Armênio Uzunian e Ernesto Birner